Compositor: Adán Cruz
(Tem uma pessoa que também vai participar dessa tarde pela primeira vez)
(Mas hoje veio contar sua história)
Já abri a lata
E dessa vez não foi pra furar ela
Vou botar pra quebrar na sala com um ritmo maneiro
Podem jogar praga, mas ninguém se iguala a mim
Trabalhei duro sem pá e sem picareta
Aparência delicada
A consciência má
Comentários negativos entram num ouvido e saem no outro
Nada me cala, aguento o tranco desde moleque
E eu tenho as roupas mais caras da cena
Fé, doido, eu fumo da melhor maconha
Daquelas que parecem o ar da manhã
A rama é sem sementes e bem fininha
É meio louco o jeito que eu tenho estilo de sobra
Era o mais doido do grupo de rap
Que o rapper mais doido não aguentava minha doideira
Dobro eles como folha de triplex
Se gabam do que usam e fazem trap
Moleque, já estive nesse lugar
Manda, manda, manda, manda, manda
Bumbo e caixa
Que eu faço tudo isso se agitar
Sou fenomenal, o chefão
Não sou de fazer papelão
Ei, é melhor apertarem seus cintos
Que eu tô chegando, puto, olha e não encosta em mim
Não é culpa minha se sua mina fica vermelha
Quando me ouve e mais ainda que fique puta com você
Levo ela embora rápido como uma bala
E nem gosto tanto dela, mas seja como quiser, desliza
Preciso de pouco, muito não é o suficiente
Com uma conta bem liberal para os meus gastos
Essa mina nunca vai ficar satisfeita
Na ilusão dela, termina falando de abuso
Ela não acredita que o cara foi embora
E agora se ajoelha rezando com muita sede
De mal a pior, embora o pior dela seja nada
Na autodestruição dela, ela quer me machucar, mas não consegue
Os olhos dela ficam embaçados
Por isso na pesca dela de hoje pegou piranhas
Afoga as mágoas dela com álcool e no rebote, ha
As mágoas dela vêm à tona
Era uma flor e agora tá sem pétalas, tá vazia
De um eu me amo a um ele não me ama
Murchou e ficou seca